Teorias de vida, contadas num blog, numa prespectiva diferente, em estado liquido...

Monday, December 04, 2006

As pessoas e o mundo...

(Para uns basta ler o fim, a conclusão, para outros basta ler todo o texto e ainda para outros não vale a pena ler nada)

Ao longo dos tempos, tenho reflectido sobre um conjunto de questões. Estava eu a ler uns e-mails, a pensar num conceito de negócio de consultoria e sem saber bem, porque, surgiu-me uma questão:

Será que as pessoas ao querem ser cada vez melhores, querem ser o que possivelmente não são, querem mostrar o que não são, bem como a maioria das pessoas no mundo empresarial, querem estar dotados de etiqueta, estrangeirismos, formas de estar, de falar, não passam a ser algo artificiais? Com pouca autonomia?

Não sei se me estou a conseguir explicar, mas já imaginaram se não precisássemos de parecer, para mostrar que somos? Já imaginaram se todos fossem naturais, mostrassem o que são? O mundo poderia passar a ser menos perfeito, menos bonito, mas tenho por certo que passaria a ser bem mais natural, eficaz, tudo acontecia de uma forma normal.

Quantos pais não tentam que os filhos sejam ou pareçam algo? Já imaginaram que a maioria dos pais passa os dias a querem que os filhos sejam algo? Já imaginaram que nós próprios passamos o tempo a pensar no que seremos, no que vamos fazer, no tentar parecer algo, seja pela roupa, pelo cabelo, pela casa, pela linguagem, etc.

Não podemos querer ser, temos de ser o que somos e ao longo de um caminho preocuparmo-nos a aprender com o conjunto de experiências que nos rodeiam. Sabermos rejeitar aquelas que nos podem levar a um mau caminho, mas vivendo a vida, todos os dias, com tudo o que ela tem, olhando para o que está a acontecer no momento.

A maioria das pessoas passa a vida a pensar, a maioria das empresas passa a vida a fazer planos, projectos, a planear. Já pensaram naqueles que fazem, naqueles que executam, nas empresas com acção no mercado, com atitude? Nos resultados que obtêm?

O que é certo é que as pessoas e as empresas, constituídas por pessoas, têm visão, instinto, nem que seja pela breve análise de experiências anteriores. Se utilizássemos o tempo morto de vaguear, pensar, em tudo o que vamos fazer, queremos ser, no que vai acontecer, em tempo de execução, de acção, será que teríamos resultados melhores? Ganharíamos tempo perante a concorrência? Seriamos mais rápidos?

Afinal o que as pessoas e os clientes valorizam?: Rapidez? Sinceridade? Transparência? Capacidade de acção e execução? Simplicidade? Ou valorizam a perfeição? A demora? A complexidade? A falta de transparência? Acho que a resposta é simples...

As pessoas criam processos demasiados complexos, que depois não são capazes de executar, não funcionam. Poderão funcionar, mas quando aparece um problema, uma falha, não têm capacidade de resposta, rapidez, para por exemplo adaptar e reestruturar. Sabendo nós que estamos num mundo de mudança constantes, de competitividade, de complexidade, de problemáticas constantes, não será melhor sermos rápidos? Simples? Com capacidade de controlo, adaptação, flexibilidade?

Já pensaram ao longo da vida, a quantidade de tempo que desperdiçamos? Já pensaram se aproveitássemos esse tempo por exemplo para se preocuparmo-nos com nós próprios, para fazermos o que gostamos, para sermos realmente felizes, para vivermos da vida tudo o que ela tem para nos oferecer? Para ajudarmos as outras pessoas?

Chegando a uma conclusão no final de todo este texto, as pessoas passam uma grande parte da vida a mostrarem o que não são, a serem o que não são, quase sempre por falta de coragem, mas pelo contrario, já ouve algumas pessoas no mundo, que foram elas próprias, que marcaram o mundo ou apenas os amigos, ou a vila onde mora, mas foram elas, foram felizes, perseguiram os seus sonhos, foram persistentes, mas acima de tudo, tiveram coragem, tiveram um foco, sabiam o que queriam e lutarem todos os dias por isso. Mesmo que não tenham alcançado, enquanto lutavam por isso foram felizes, enquanto viveram foram elas próprias com um sorriso na cara, com uma vontade enorme de viver e de ultrapassar todos os problemas e complexidade da vida, fizerem sempre o que era certo para elas e não para os outros, tiveram tempo para os outros e para elas.

Deixo sete palavras, em que podem pensar e perceber o que são e para que servem: Coragem, Persistência, Felicidade, Simplicidade e Humildade, Paixão e Sonho